IRTP - Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise

Sábados no IPLA: IRTP - Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise

Pode o psicanalista prescindir dos fundamentos da psicanálise? Não. O mesmo vale para o iniciante na área. Sábado no IPLA, 30 de agosto, vamos tratar das chaves de leitura do Seminário 11 de Jacques Lacan: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Foi nesse seminário que Lacan abriu seu ensino, até então destinado prioritariamente a clínicos, também para a academia, para os estudantes e para quem mais se visse concernido, para a intelligentsia.

Por que estudarmos hoje este Seminário 11? Ele marca um ponto de ruptura de Lacan, não só política, mas conceitual. Nele, Lacan destaca quatro conceitos fundamentais da psicanálise, em Freud: Inconsciente, Repetição, Transferência e Pulsão criticando a leitura dos pós-freudianos e propondo avanços. O seminário 11 é apresentado em 1964, mesmo ano em que Lacan escreve o texto de suas intervenções no VI Colóquio de Bonneval, de 1960, “Posição do inconsciente”. Nos dois, ele enfatiza a sua posição teórica, considerando a linguagem como condição do inconsciente e não o contrário como queriam outros. Antes, dava-se mais peso ao “o que se fala”. A  partir daí o destaque passa a ser: “desde onde se fala?”. Isso implica mudanças na orientação clínica, tais como, o lugar ocupado pelo analista na transferência, a interpretação, o tempo da sessão etc.

Os conceitos fundamentais têm estabilidade, mas a forma de utilizá-los, a praxis, varia à medida que a clínica indica mudança de rota e que a sociedade muda. E mudar levanta poeira, questiona, subverte a ordem.

Façamos esse caminho, das chaves de leitura, juntos.

Seja bem vindo!

Data: 30 de agosto de 2014
Local: IPLA, Rua Augusta, 2366 – Casa 2, São Paulo
Telefones: (11) 3061-0947 e (11) 3081-6346

O valor é de R$ 180,00. Alunos do IPLA e estudantes até 25 anos têm desconto de 20%.

Vagas limitadas. É necessário que haja um número mínimo de inscrições para a realização do evento.

Este programa está sujeito a modificações.

Coordenação: Elza Macedo

Programa

9h00 – 9h30: Café com bolo IPLA

09h30 – 10h30: Aula inaugural - O Inconsciente estruturado como uma linguagem  - Elza Macedo

A excomunhão. O Inconsciente estruturado como uma linguagem. A surpresa. O estatuto do inconsciente é ético. A outra cena. Sujeito da certeza. Praxis e experiência. O conceito de inconsciente ligado à presença do analista. O inconsciente está do lado de fora. Efeitos da fala sobre o sujeito que se realiza sempre no Outro.

10h30 – 11h30: Aula 2 – Repetição - Marizilda Paulino

A repetição. Tiquê e autômaton. O acaso. Núcleo do real. O real como trauma. Homem dos Lobos. Sonho como realização de desejo.  Pai, não vês.... Encontro sempre faltoso. O objeto a no fort-da. Núcleo da repetição. Por que a cena primitiva é tão traumática? Compulsão à repetição  e neurose de destino. Fracassados pelo êxito. O que não pode ser rememorado se repete na conduta.

11h30 – 12h00: Café com bolo IPLA

12h00 – 13h00: Aula 3 – Pulsão - Alain Mouzat
A esquize do olho e do olhar. O olhar, o objeto a e a castração. A mancha. A anamorfose. Privilégio do olhar na função de desejo. Fechamento do inconsciente. Desmontagem da pulsão. Trieb. Satisfação paradoxal. Prazer da boca. Pulsão parcial e seu circuito. A pulsão, o sexo e a morte. Pulsão invocante. ... se fazer ver.  ... se fazer ouvir.

13h00 – 15h00: Horário de almoço

15h00 – 16h00: Aula 4 – Transferência - Dorothee Rüdiger 
A arte de escutar equivale quase à de bem dizer. Transferência e o núcleo da repetição. A relação fundamental do a com o desejo e a transferência. Pulsação temporal. Objeto a como causa. A transferência como atualização da realidade do inconsciente. A sexualidade nos desfiles do significante. É na transferência que devemos ver se inscrever o peso da realidade sexual. Anna O. Desejo do analista.

16h00 – 17h00: Aula de encerramento - O campo do outro e o retorno sobre a transferência - Liége Lise
O sujeito e o outro: a alienação e a afânise. A dinâmica sexual. A bolsa ou a vida! Na operação de separação vemos despontar o campo da transferência. Do amor à libido. Libido e desejo. A confiança dada ao analista. Desde que haja sujeito suposto saber, há transferência. Da interpretação à transferência. Formar analistas. Em ti mais do que tu. 

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