CHAVES DE LEITURA PARA O SEMINÁRIO 1 DE LACAN

A psicanálise trabalha com o estranho e esquisito no homem, seu desejo. Lacan primou em seu ensino para que a psicanálise não se transformasse em um tratamento adaptativo e genérico. Ele retoma a virulência freudiana quando percebe que o maior perigo da psicanálise são os psicanalistas. É no Seminário 1 Escritos Técnicos de Freud que Lacan rompe com os desvios conceituais e clínicos na psicanálise, por exemplo, tirando os conceitos de transferência e contratransferência do engessamento a que levaram os pós-freudianos. Refere-se aos conceitos como bisturis da clínica. Lacan promove um deslocamento radical na clínica psicanalítica. Casos clínicos pautarão os temas a serem apresentados neste Sábado no IPLA. Afinal, a clínica é soberana.

 

Data: 24 de agosto de 2013

Local: IPLA, Rua Augusta, 2366 – Casa 2, São Paulo, SP

Telefones: 11 3061-0947 / 3081-6346

 

O valor é de R$ 150,00 por Sábado no IPLA. Alunos do IPLA e estudantes até 25 anos têm desconto de 20%.

Vagas limitadas. É necessário que haja um número mínimo de inscrições para a realização deste evento.

 

Programa

9h00 – 9h30: Recepção - Café com bolo IPLA

9h30 – 10h30: Aula Inaugural – Amor, o laço social por excelência na pós-modernidade – Jorge Forbes

O analista, aquele que incomoda e que nos desafia todos os dias. Amor, encontrar um sentido para si mesmo através do outro. O amor e os tipos de transcendência do laço social humano. Transferência e novo amor. O trabalho do analista é baseado na escuta, não na contratransferência.

10h30 – 11h30: Aula 2 – O que fazemos quando fazemos análise? – Claudia Riolfi

O conceito da análise. Da atualidade da análise, do que se diz, se escreve e se pratica. O eu é o sintoma humano por excelência, é a doença mental do homem. Todo sonho não seria uma coisa instantânea, à qual a palavra do sujeito dá uma história? A experiência analítica consiste em mostrar ao sujeito que ele diz mais do que pensa dizer. O supereu é, a um só tempo, a lei e a sua destruição. O silêncio vale como mais além da palavra.

11h30 – 12h00: Café com bolo IPLA

12h00 – 13h00: Aula 3 – Os escritos técnicos de Freud e a práxis lacaniana – Dorothee Rüdiger

A vivacidade dos escritos de Freud. A liberdade das regras técnicas de Freud. A técnica só vale na medida em que compreendemos onde está a questão fundamental para o analista que a adota. Construções em análise. A história não é o passado. Revivescência do trauma. A pulsão libidinal está centrada na função do imaginário. Narcisismo que se relaciona à imagem corporal. Identificação narcísica. Resistência, tudo que destrói a continuação do trabalho.

15h00 – 16h00: Aula 4 – A função criativa da palavra – Alain Mouzat

A paixão da ignorância. O eu nada sabe dos desejos do sujeito. A linguagem e a palavra no tratamento. Associação livre – são as amarras da conversa com o outro que procuramos cortar. Palavra vazia e palavra plena. Acting-out e acting-in. Da verticalidade do complexo de Édipo para a horizontalidade do homem desbussolado. A supervisão na formação do psicanalista. Uma das coisas que mais devemos evitar é compreender muito, compreender mais do que existe no discurso do sujeito. Supervisão com o próprio analista?

16h00 – 17h00: Aula 5 – Ser neurótico pode servir para se tornar bom psicanalista? – Liége Lise

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Análise pessoal. Tu és isto. Os bisturis da clínica psicanalítica. Tomar um caso na sua singularidade. A verdade surge da equivocação. Nossas palavras que tropeçam são palavras que confessam. A função sexual dos sintomas. A responsabilidade só pode ser sexual. Basta que o sujeito nomeie seus desejos para que a análise esteja terminada? Hoje, final da análise como invenção e responsabilidade. Felicidade.